Leka e Kaverna

Wednesday, January 24, 2007

O Vampiro e a Cigana...

Para ler escutando: http://www.youtube.com/watch?v=7MdltFs5F98


Fria noite. Festa quente. Fantasias. Céu estrelado. E a cigana encontra o vampiro, mas não sabe que ele é, ele estava disfarçado...
E eles conversam, e riem, e bebem, e de repente se tocam. E o toque dele, naquela fria noite, é tão quente, e a aquece, acende seu vulcão, prestes a entrar em erupção.
Enfim se beijam... nossa, que beijo, incendiário! Lábios de fogo e absinto. Ela estava completamente seduzida.
Mas o vampiro tinha que atacar, sim, sugar seu sangue, alimentar-se e depois partir deixando sua vítima sem vida. Ou até dar-lhe a vida eterna. Brincar de Deus... Então ele tirou-a dali da presença de todos. Levou-a ao estacionamento vazio, sob o céu das estrelas... e lá...
Hum... ataque, beijos, apertos, gemidos, sussurros, mãos, excitação, ai... língua, saliva, mel... medo, desejo... vontade, sede... ela queria gritar:
_ Vai, meu doce vampiro, sacie minha sede, arranque meu batom , devore meus lábios, faça-me sua lacaia.
Mas na verdade estava dividida... louca pra se entregar de vez, senti-lo penetrando sua intimidade... mas ao mesmo tempo sentia o maior medo dos vivos presentes a espreita de restos mortais.
Talvez, quem sabe se ele tivesse a matado antes... e depois praticado necrofilia, tudo bem. Ele talvez deveria ter sido mais bruto, mas não, foi tão doce! Tão doce! Que ela ficou enfeitiçada por seu poder!
Mas quando o sol nasceu... ele se foi... vampiros não podem contra o astro-rei. E ela ficou só, com aquele gosto de sangue na boca e borboletas voando no estômago. Meio viva... meio morta.
Só que a lenda de Lestat corre o mundo e ela fez descobertas sobre ele, melhor esquecê-lo.
Esqueceu!
Até que... muitos meses depois, em outra festa noturna, se viram novamente... e após muito álcool no sangue, deixando o medo se esvair... “rola de ficarem” de novo! E entre os becos escuros da cidade caótica, mais uma vez se entregam ao quase.
E mais beijos, apertos, mãos, gemidos... e a boca da cigana percorreu partes ainda inexploradas por ela na outra vez, toda a virilidade de Lestat ali... na quentura de sua língua, marcada com sua saliva... e o vampiro explodiu e derramou o néctar das trevas nesta cigana tão impura.
Quase... ela ainda não pôde senti-lo penetrar sua alma... ele ainda não lhe deu vida eterna... e mais uma vez o sol nascia e ele precisava ir!