Leka e Kaverna

Monday, September 28, 2009

FESTIVAL LATINO AMERICANO DE TEATRO

Assistindo ao FESTIVAL LATINO AMERICANO DE TEATRO, intitulado Ruínas Circulares, que aconteceu na cidade de Uberlândia do dia 05/09 ao dia 20/09 desse ano, encantei-me com duas peças, em particular: Nuestra Señora de Lãs Nubes do grupo Malayerba de Quito-Equador e A Brava da Brava Companhia de São Paulo-Brasil. A poética de ambas me emocionou profundamente e me fizeram pensar muito a respeito do meu papel como atriz, encenadora, dramaturga (que um dia serei).
A respeito da Encenação, Nuestra Señora de Lãs Nubes e A Brava se diferem em muitas coisas, mas se aproximam em outras. Listarei abaixo algumas das constatações a que cheguei após apreciação das mesmas.
NUESTRA SEÑORA DE LAS NUBES: utilizou palco italiano, e carece de uma iluminação para causar certos efeitos, imagina a cena da velha sem aquela luz? A música (som mecânico) tem o intuito de causar a emoção nos atores e em quem assiste. Dois atores fazem vários papéis, prezando as diferentes identidades dos habitantes da cidade e a transformação se dá na frente da platéia. Há quebra da 4º parede na cena dos irmãos falando das garotas, pois as moças da platéia são as inspirações para a cena. O palco é desnudo, cada personagem porta uma mala de onde saem os objetos que vão dar vida a peça, com sua simbologia e ressignificação. O estar longe da terra natal (tema da peça) é mostrado de forma ora dramática ora cômica. Percebe-se algo como os viewpoints no processo de criação, não sei se consciente (provavelmente nem é esse nome que usam para o processo), e ali tinha corpos vivos, dispostos, pulsantes apesar da idade dos atores.
A BRAVA: o espaço utilizado é o aqui/agora da rua, no caso, o estacionamento do Mercado Municipal de nossa cidade. Não há iluminação especial, começou com o fim da tarde daquele domingo e terminou quando já era noite. A música do espetáculo é tocada e cantada ao vivo, serve como explicação dos fatos que se desenrolam e também causa a emoção. Quatro jovens atores fazem os vários papéis da saga de Joana Darc com sua bela atitude de buscar caminhos opostos a padrões pré-determinados pela sociedade. Não há 4º parede, a rua, os sons, as pessoas (inclusive uma vendedora de balas que para no meio do caminho da cena) dão os estímulos para a peça, que tem a participação ativa do público. Uma espécie de palco/palanque móvel e algo como um trono compõe o ambiente da peça, que muda de espaço, os objetos em cena são ressignificados e simbólicos (uma coroa que não consegue ficar na cabeça de um príncipe, insiste em cair, é muito forte) . A história da brava heroína nos é apresentada com um humor anárquico e mistura cultura popular ao pop. Para o processo de criação é visível o estudo/prática de danças/canções populares, circo e cultura pop (alusão a filmes recentes campeões de bilheteria como Senhor dos Anéis, Harry Potter, Piratas do Caribe a até ao desenho mais assistido da década de 80: Caverna do Dragão; rock and roll para as aitudes dos inimigos, intrigante o tal “Rock da Condenação”; coisas que consumimos no dia-a-dia, por exemplo, que delícia escutar um duque se chamar Jhonny Walker Red Label). A energia dos atores era incrível.
Dizer de qual das duas gostei mais é crueldade, mas, talvez pelo contato com o público e pelo tema, A Brava tenha ganhado uns pontos a mais comigo, teatro de rua é realmente uma panacéia...

Friday, September 25, 2009

Fragmentos de 15 de abril

Momento 1...
É daqueles dias que você se sente meio não sei quê, meio não sei quando, meio não sei onde. Você parece tão distante... enquanto isso, na feira do povo, os macaquinhos alegres tocam seus tamborzinhos até suas cordas acabarem.
TICTACTICTACTICTACTICTAC...
Pausa! Ufa! Mas, não por muito tempo, logo vem alguém para dar corda novamente e fazer a alegria massa da massa.

Momento 2...
Enquanto o oriente me presenteia com "pianadas Beethovenescanas", ma-ra-vi-lho-sa-men-te, meu coração dividido lamenta: A henna desperdiçada e a "doação ilimitada a uma completa ingratidão".

Momento 3...
Na bat caverna é seguro, mas seus arredores não... é possível escutar os complôs cochichados, sentir os olhares envenenados, perceber os dedos sequiosos por roubo.
CUIDADO! Passe a chave na bat caverna ao entrar e sair!

Sunday, September 13, 2009

07-09-09

Hoje acordei pensando no conceito de amizade... principalmente por causa dessa fase em que eliminei pessoas do meu orkut, msn, e-mail, agenda de telefones, da minha vida. Nessa fase em que os "verdadeiros amigos" estão sendo vitais perante as coisas difíceis que passei e passo esse ano. Que máscaras caem, ah, eu já sei. Que às vezes precisamos de anos para conhecer o caráter de alguém, também já sei... o que descobri há bem pouco tempo, mas que já se transformou em prática constante em minha vida é: eu preciso mesmo que esses falsos, filhos da puta, façam parte da minha vida? Eles vão entrar no meu espaço? Hahaha, claro que não!
Quando me dei conta dos valores da amizade que envolve o "meio" do qual tenho que passar a maior parte do meu dia, entrei em crise... sofri mesmo, mas tomei uma atitude, rompi com esse antro de lixo.
Vou citar alguns dos valores defendidos por tais pessoas:
1.Competir de forma cruel para atingir seus objetivos profissionais ou pessoais;
2.Relacionar por puro interesse com quem tem carro, grana, casa para as festinhas de orgia;
3.Ser legal é pagar uma bebida, descolar um beck, ser de todo mundo;
4.Dependendo do interesse, aquela pessoa que ora era criticada, agora vira um "amigo" para todas as horas;
5.Pessoas se aliam para ferrar outras;
6.As pessoas que criticam suas atitudes, de repente estão fazendo 10 vezes pior que você;
7.Há uma rebeldia SEM CAUSA que vira libertinagem sem ética;
8.Respeito não existe;

Certeza que existe muito mais coisa para ser dita, mas as que citei já dão um panorama do que eu evito para minha vida há poucos meses. Não vou ser hipócrita, eu mesma já colaborei com alguns desses itens, mas fico muitíssimo feliz de ter acordado antes que fosse tarde.
A-DO-RO sair, beber, falar e fazer besteira, sair do sério. Mas, tenho plena consciência de não estar fazendo mal aos meus semelhantes e sem atitude estúpidas só para provar que sou FODA DEMAIS!!!
É por isso que me decepciono tanto com as pessoas, por não ter coragem de fazer mal a elas (graças a boa educação que recebi de minha íntegra mãe), penso que elas também não farão mal a mim. Ledo engano, pouco se importam, danem-se meus sentimentos...E é aí que me ferro!!! OPAAAAAAAA, espera aí, stop... ferrava, porque agora acabou, não tenho mais paciência para desculpas e chances. Não quero essas pessoas na minha casa, nem na mesma mesa de bar, se dermos o azar de nos encontrar no mesmo ambiente, que fiquem beeeeeeeeeeeemmmmmmmmmmmm longe de mim...

Agora é assim, elimino mesmo!!!