Leka e Kaverna

Tuesday, January 26, 2010

GRATIDÃO

Umas palavras sobre essa forma de amor que não valorizamos...
"Gratidão é o reconhecimento de um ato de amor, ou de consideração, vindo do outro. É também a consciência do que recebemos de bom da vida. E um olhar mais grato e apreciativo do mundo e das pessoas pode transformar radicalmente nossa maneira de viver. É esse tipo tão especial de sentimento, a grata apreciação que nos falta e que temos tanta dificuldade em expressar."

Monday, January 25, 2010

O Gostosão da Bala Chita





“Fulano tá se achando o gostosão da Bala Chita”! Quem convive comigo sabe que sou uma grande adepta dessa expressão já há muitos e muitos anos, até porque fui uma grande devoradora de Bala Chita na infância... e de mais um monte de coisa melada que deixou saudades, muito mais pelas doces lembranças que pelo açucarado paladar: Bala Soft (que atire a 1º pedra quem nunca ‘sem querer’ engoliu uma inteira e ficou entalado com dor no papo), Ploc Monster (como amava aquelas figurinhas que faziam a alegria dos recreios no Pitágoras de Tucuruí-Pará), Lollo (que de repente transformou-se em Milkbar), Dadinho ( que eu ainda compro até hoje na pastelaria do Carrefour aqui em Uberlândia só pra sentir aquele sabor de cumplicidade que rolava entre eu e meu irmão nos anos 80).
Voltando da paradisíaca Porto Seguro parei para almoçar em Salinas-MG, terra da cachaça, e foi por uma TV ligada no restaurante que descobri o drama do Haiti e o falecimento da iluminada Zilda Arns: choque total! E quando fui a pagar a conta, a moça diz:
_ Posso dar duas balas de troco?
_ Pode, claro!
Eis que ela me entrega duas Balas Chita... ah, fui a Iturama-Mg na hora: férias na casa da vó Iramar, eu e toda aquela “primaiada” indo na vendinha da esquina comprar bala, e junto veio o cheiro do pão de queijo saindo do forno cedinho, os tachos de doce fumegando, o creme amarelo que recheava os sonhos e atiçavam minhas lombrigas (e olha que eu nunca as tive), o cheiro do sabão de pedra caseiro que era feito lá lá lá, bem lá no fundo do quintal, até o cheiro da lavagem que era recolhida uma vez por semana para ser levada pelo meu tio aos porcos da fazenda, ah... o perfume da galinha caipira na panela sendo amorosamente preparada para os almoços de domingo, o cheiro não tão bom (na época) da cerveja Brahma que fazia as minhas tias rirem, falarem alto, cantarem e ficar abraçando a gente, dizendo que nos amava... e eu me prometendo que nunca ia beber (hehehe). Mas voltei a mim, ao presente, minha irmã me tirou desse mergulho melado:
_ Alê, a gente vai te esperar no carro.
_ Tá, vou ao banheiro, já vou...
Guardei as balas na bolsa, a intenção era no carro dar uma ao meu filho, contando a história da expressão que eu tanto falo e chupar a outra. Mas, acabei esquecendo e só as vi na minha bolsa já aqui em Uberlândia, sem irmã, sem filho... de volta à realidade, uma realidade permeada por não um, mas muitos “gostosões da Bala Chita”.
Fotografei as minhas balinhas nem sei o porquê, talvez por sentir vontade de escrever sobre o assunto qualquer dia, quem sabe, uma vez que está lá no item número 10 da minha lista de desejos para 2010: “escrever mais...”. AN? O 1º DESEJO? Chuta... QUAL? Ah, ERROU! Esse desejo que você pensou aí é o número 18, o último da lista: “encontrar/ser encontrada por um amor de verdade”. Os 17 itens anteriores são muito mais importantes...
Voltando as balas, engraçado, “o gostosão” a quem me refiro é na verdade “a gotosona”, é a macaca, sim, ela, a Chita, reinando soberana e feliz na embalagem amarela sabor abacaxi que me sorri. Dona da verdade, o mundo girando ao redor do seu umbigo que é o centro do universo... ah, quem nunca conheceu um “gostosão da Bala Chita”, hein? Uh, eu mesma conheci e conheço tantos, no meu curso então da UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA está repleto deles.

(Alessandra Ramos Massensini – 24/01/2010)
OS.: Enquanto escrevi o texto, escutei canções de Nana Mouskouri...

Tuesday, January 19, 2010

Dicas de filmes...

Fugindo ao clima punk rock/hardcore um pouco... assisti dois filmes maravilhosos no último fim de semana, “Ao Entardecer” do diretor Lajos Koltai, com um elenco feminino de primeira: Claire Danes, Toni Collette, Glenn Close e a super Meryl Streep... e “Um Amor Para Toda Vida” do diretor de “Chaplin” e “Gandhi”: Richard Attenborough com a ótima Shirley MacLaine, ambos falam de amor verdadeiro e todas as suas lembranças, todos os impactos. Filmes para se ver sozinho e à vontade, pausar para respirar, refletir, (enxugar os olhos – no meu caso) e dar o play de novo.
Vale a pena deixar os créditos rolando tela abaixo ao final do filme de Richard só para escutar a bela “Lost Without Your Love” com Amy Pearson tocando, e ainda voltar umas 6 vezes (como fiz) para expurgar mesmo e de vez as dores causadas pela ocitocina

Monday, January 18, 2010

Fim



Ficou um rastro do seu perfume
Pequenos fios de cabelo que não são meus no chão do quarto
Seus presentes
Os restos de suas duras palavras
Mentiras espatifadas no sofá
O dvd e som agora vazios...

Ficou a madrugada em claro
O abismo no peito
Os olhos - tão mar
E seu adeus seco, sem toque, sem olhos que fervem: até UM DIA...

Ficou... eu... como o pássaro solitário que fotografo da sacada...