Leka e Kaverna

Friday, July 26, 2013

Mysterious Skin...



Muito f. esse filme... eu não consegui chorar... tive a impressão que fui abduzida e em algum momento voltei para o conforto do meu sofá, mas ele não era mais confortável... ele era assustador, assim como o meu quarto, a minha cama... a minha janela... o escuro lá fora...
É um desses filmes que me deixará silenciosa muitos e muitos dias... com vontade de fugir pra sempre...
A culpa é de quem??? Existe culpa??? Por quê??? Podemos julgar o outro??? Podemos apontar o dedo e dizer que o outro vai para o inferno??? E se o inferno for certas situações que nos obrigam a correr ao redor de uma mesa implorando por favor??? 
MEU DEUS!!! MEUS DEUS!!! MEU DEUS!!!
Excelente filme...
É... enquanto alguns tem coração e se acham melhores por isso, outros tem buracos negros dentro de si e são taxados de coisas ruins e maldosas enquanto apenas tentam (sobre)viver.

Saturday, June 22, 2013

Crônica da madrugada

(Título sugerido pela companheira Romênia...)



A TV ligada por acaso na chuviscada Rede Globo. Chuviscada porque não tenho parabólica e a emissora não tem sinal na SKY (pelo menos aqui na minha cidade), graças a Deus por um lado, porque é o canal que menos assistimos aqui em casa...

Mas, estou escrevendo isso porque me lembrei de algo... há muitos anos atrás, uns 7 talvez... num sábado voltava triste de uma festa nessa mesma cidade em que resido... voltava de Biz, mamãe dormia, meu filho dormia, eu voltava mais cedo porque de repente olhei pra'quela festa, pra'quelas pessoas, pra'quelas músicas e achei tudo tão vazio, tão perdido... eu só não queria estar mais ali!

Então cheguei em casa, observei minha mãe dormir, beijei meu filho no calor de sua caminha e vazia liguei a TV, passava Altas Horas... O Arnaldo Antunes lançava seu cd QUALQUER... ele cantava e eu chorava tanto...

Eu só pensava em mudar de vida...

Mudei completamente, errei muito até "acertar" (????) e hoje eu digo que me arrependo de cada merda que fiz nos momentos de vazio, solidão e depressão...

Na primeira oportunidade que tive comprei o cd do Arnaldo...

Sinto-me bem melhor hoje e Altas Horas até me traz uma lembrança muito positiva: dos sábados à noite com meu amor, após vermos filme na sala ( a gente sempre colocava um colchão na sala pra assistir filme) e quando o filme terminava, a gente via Altas Horas até dormir... claro, até antes de termos TV à cabo... e sempre acordávamos domingo tortos na sala e com o sol da manhã lambendo nossa cara, e pensando na gordice que iríamos cozinhar!

Monday, May 20, 2013

Texteto surrealeto



Haja vista todas as decepções previsíveis (que se foram e que virão), as dores putrescentes e a perca da esperança, ainda assim, sou sim uma velha senhorita andaluz... uma andarilha errante de bigode que carrega uma cruz enquanto toma doses de alcaçuz...
A estrada é árdua e espinhosa e meus tênis de neve se afundam na lama vermelho limão da caminhada cronometrada pelo personal trainer do Universo que me aguarda (?) com seu sorriso banguela cheio de dentes...
Meus sonhos me guiam, mas se transformam em realidade perante o abismo do desespero enquanto as almas emputecidas clamam sereiamente que eu pule no rio de álcool e diversão barata que as fizeram despencar lá embaixo...
E embora eu tropece em Manticoras, pise em Basiliscos e corra de Cérberos, borboletas amarelas me guiam e alçam voo comigo até o mercadinho Dalí Dadá na morada da colina onde posso comprar depilador anti lovismo, tapas na cara invisíveis, escarros de chocolate, ratoeiras humanas, porta-retratos que conversam com quem chora de saudade, músicas que aliviam dores, livros comestíveis, filmes que substituem amigos... tudo que melhora a vida e fortalece meus músculos de pelanca.

Sunday, May 19, 2013

Quanto tempo...

Tem horas que ainda não consigo acreditar no rumo que minha vida tomou, no ângulo de 360º que a mesma deu. Ainda é inacreditável para mim...
Sim, estou com problemas emocionais: tenho insônia, fico meses sem menstruar e meu humor muda como o clima em São Paulo.
Não, não estou triste. Estou sim muito feliz com a mudança: faço planos, as coisas tem acontecido na minha vida profissional.
Não sei, é uma incógnita a minha vida amorosa: claro, eu acredito nessa minha relação, muito, embora à distância no momento. Mas, tudo o que construímos, tudo o que planejamos, tudo o que prometemos... não sei, teria um fim que não fosse um fim feliz?
Eu tenho prezado pela solidão social... acho que tenho medo de criar laços, dar abraços, declarar amores e no final sofrer as dores: da traição, do interesse, do abandono. Não gosto do amargo na boca, da sensação de buraco no peito ao me deparar com relações sociais tortas, quando se acreditava tanto nas mesmas em outros carnavais, páscoas e natais!!!
Então... eu escolhi a companhia dos filmes...