Leka e Kaverna

Monday, May 20, 2013

Texteto surrealeto



Haja vista todas as decepções previsíveis (que se foram e que virão), as dores putrescentes e a perca da esperança, ainda assim, sou sim uma velha senhorita andaluz... uma andarilha errante de bigode que carrega uma cruz enquanto toma doses de alcaçuz...
A estrada é árdua e espinhosa e meus tênis de neve se afundam na lama vermelho limão da caminhada cronometrada pelo personal trainer do Universo que me aguarda (?) com seu sorriso banguela cheio de dentes...
Meus sonhos me guiam, mas se transformam em realidade perante o abismo do desespero enquanto as almas emputecidas clamam sereiamente que eu pule no rio de álcool e diversão barata que as fizeram despencar lá embaixo...
E embora eu tropece em Manticoras, pise em Basiliscos e corra de Cérberos, borboletas amarelas me guiam e alçam voo comigo até o mercadinho Dalí Dadá na morada da colina onde posso comprar depilador anti lovismo, tapas na cara invisíveis, escarros de chocolate, ratoeiras humanas, porta-retratos que conversam com quem chora de saudade, músicas que aliviam dores, livros comestíveis, filmes que substituem amigos... tudo que melhora a vida e fortalece meus músculos de pelanca.

Sunday, May 19, 2013

Quanto tempo...

Tem horas que ainda não consigo acreditar no rumo que minha vida tomou, no ângulo de 360º que a mesma deu. Ainda é inacreditável para mim...
Sim, estou com problemas emocionais: tenho insônia, fico meses sem menstruar e meu humor muda como o clima em São Paulo.
Não, não estou triste. Estou sim muito feliz com a mudança: faço planos, as coisas tem acontecido na minha vida profissional.
Não sei, é uma incógnita a minha vida amorosa: claro, eu acredito nessa minha relação, muito, embora à distância no momento. Mas, tudo o que construímos, tudo o que planejamos, tudo o que prometemos... não sei, teria um fim que não fosse um fim feliz?
Eu tenho prezado pela solidão social... acho que tenho medo de criar laços, dar abraços, declarar amores e no final sofrer as dores: da traição, do interesse, do abandono. Não gosto do amargo na boca, da sensação de buraco no peito ao me deparar com relações sociais tortas, quando se acreditava tanto nas mesmas em outros carnavais, páscoas e natais!!!
Então... eu escolhi a companhia dos filmes...