Entre os lançamentos,você achou-me
Mergulhada em sinopses
que me trariam alguma resposta ou consolo
para o negro véu que me faço usar
nestes dias de tempestade fúnebre.
E entre todos os lançamentos
Você lançou-me seu abraço.
Seu beijo que corou minha tez
fazendo o sol surgir timidamente.
E entre todos os lançamentos
enquanto, tímidos, só falávamos em películas(Ah, nossos gostos...)
Seu perfume era jasmim
num jardim orvalhado
Atraindo tantas borboletas...
Este menino...Menino tão travesso chamado "Acaso"
sempre a nos pregar marotas peças...
Fez você tropeçar nas palavras, eu me equivocar em informações.
Mas na despedida entre os lançamentos
seus lábios acariciaram meu rosto uma vez mais.
Querendo ficar, eu fui...
Você ficara ali, entre os lançamentos.
Enquanto me lançava à esquina
senti que voltou a chover.
Pingos grossos, pesados, afiados.
Temporal niilista, com o qual meu guarda-chuva barato
não sabe lidar.
...mostrando tudo: pâncreas, fígado, pulmões, rins, baço, tripas, útero, coração e até a alma...
Friday, January 26, 2007
Wednesday, January 24, 2007
O Vampiro e a Cigana...
Para ler escutando: http://www.youtube.com/watch?v=7MdltFs5F98
Fria noite. Festa quente. Fantasias. Céu estrelado. E a cigana encontra o vampiro, mas não sabe que ele é, ele estava disfarçado...
E eles conversam, e riem, e bebem, e de repente se tocam. E o toque dele, naquela fria noite, é tão quente, e a aquece, acende seu vulcão, prestes a entrar em erupção.
Enfim se beijam... nossa, que beijo, incendiário! Lábios de fogo e absinto. Ela estava completamente seduzida.
Mas o vampiro tinha que atacar, sim, sugar seu sangue, alimentar-se e depois partir deixando sua vítima sem vida. Ou até dar-lhe a vida eterna. Brincar de Deus... Então ele tirou-a dali da presença de todos. Levou-a ao estacionamento vazio, sob o céu das estrelas... e lá...
Hum... ataque, beijos, apertos, gemidos, sussurros, mãos, excitação, ai... língua, saliva, mel... medo, desejo... vontade, sede... ela queria gritar:
_ Vai, meu doce vampiro, sacie minha sede, arranque meu batom , devore meus lábios, faça-me sua lacaia.
Mas na verdade estava dividida... louca pra se entregar de vez, senti-lo penetrando sua intimidade... mas ao mesmo tempo sentia o maior medo dos vivos presentes a espreita de restos mortais.
Talvez, quem sabe se ele tivesse a matado antes... e depois praticado necrofilia, tudo bem. Ele talvez deveria ter sido mais bruto, mas não, foi tão doce! Tão doce! Que ela ficou enfeitiçada por seu poder!
Mas quando o sol nasceu... ele se foi... vampiros não podem contra o astro-rei. E ela ficou só, com aquele gosto de sangue na boca e borboletas voando no estômago. Meio viva... meio morta.
Só que a lenda de Lestat corre o mundo e ela fez descobertas sobre ele, melhor esquecê-lo.
Esqueceu!
Até que... muitos meses depois, em outra festa noturna, se viram novamente... e após muito álcool no sangue, deixando o medo se esvair... “rola de ficarem” de novo! E entre os becos escuros da cidade caótica, mais uma vez se entregam ao quase.
E mais beijos, apertos, mãos, gemidos... e a boca da cigana percorreu partes ainda inexploradas por ela na outra vez, toda a virilidade de Lestat ali... na quentura de sua língua, marcada com sua saliva... e o vampiro explodiu e derramou o néctar das trevas nesta cigana tão impura.
Quase... ela ainda não pôde senti-lo penetrar sua alma... ele ainda não lhe deu vida eterna... e mais uma vez o sol nascia e ele precisava ir!
Fria noite. Festa quente. Fantasias. Céu estrelado. E a cigana encontra o vampiro, mas não sabe que ele é, ele estava disfarçado...
E eles conversam, e riem, e bebem, e de repente se tocam. E o toque dele, naquela fria noite, é tão quente, e a aquece, acende seu vulcão, prestes a entrar em erupção.
Enfim se beijam... nossa, que beijo, incendiário! Lábios de fogo e absinto. Ela estava completamente seduzida.
Mas o vampiro tinha que atacar, sim, sugar seu sangue, alimentar-se e depois partir deixando sua vítima sem vida. Ou até dar-lhe a vida eterna. Brincar de Deus... Então ele tirou-a dali da presença de todos. Levou-a ao estacionamento vazio, sob o céu das estrelas... e lá...
Hum... ataque, beijos, apertos, gemidos, sussurros, mãos, excitação, ai... língua, saliva, mel... medo, desejo... vontade, sede... ela queria gritar:
_ Vai, meu doce vampiro, sacie minha sede, arranque meu batom , devore meus lábios, faça-me sua lacaia.
Mas na verdade estava dividida... louca pra se entregar de vez, senti-lo penetrando sua intimidade... mas ao mesmo tempo sentia o maior medo dos vivos presentes a espreita de restos mortais.
Talvez, quem sabe se ele tivesse a matado antes... e depois praticado necrofilia, tudo bem. Ele talvez deveria ter sido mais bruto, mas não, foi tão doce! Tão doce! Que ela ficou enfeitiçada por seu poder!
Mas quando o sol nasceu... ele se foi... vampiros não podem contra o astro-rei. E ela ficou só, com aquele gosto de sangue na boca e borboletas voando no estômago. Meio viva... meio morta.
Só que a lenda de Lestat corre o mundo e ela fez descobertas sobre ele, melhor esquecê-lo.
Esqueceu!
Até que... muitos meses depois, em outra festa noturna, se viram novamente... e após muito álcool no sangue, deixando o medo se esvair... “rola de ficarem” de novo! E entre os becos escuros da cidade caótica, mais uma vez se entregam ao quase.
E mais beijos, apertos, mãos, gemidos... e a boca da cigana percorreu partes ainda inexploradas por ela na outra vez, toda a virilidade de Lestat ali... na quentura de sua língua, marcada com sua saliva... e o vampiro explodiu e derramou o néctar das trevas nesta cigana tão impura.
Quase... ela ainda não pôde senti-lo penetrar sua alma... ele ainda não lhe deu vida eterna... e mais uma vez o sol nascia e ele precisava ir!
Tempo...
TIC- TAC! TRIMMM! PIPIPI PIPIPI! CUCO CUCO! Tempo... 24 horas insuficientes, há tanto para fazer, ler, aprender, ver, julgar, ah, tempo insuficiente. Trabalho! Estudo! Família! Amigos, farra & cia! Projetos pessoais! Ai... e uma pausa para o velho bar de sempre, uma cerveja, um cigarro e a volta pra casa cantando a velha canção de sempre.
Tempo curto! Vontades grandes! Poder escrever mais, criar um site de crônicas, mas falta tempo... Queria um site/ sítio porque chega de e-mails. O livro aberto, escancarado, exposto quer sua ficção - não-ficção com mais páginas de mistério, obscuridade, segredos. Quer ser lido e desvendado por mais "garrafas".
Eu necessito de um "sítio", mas enquanto eu não o construo, ando por aí com minha HATTORI HANZO abrindo estradas e caminhando leeeentamente: LESMALELOUCA! Devagar, e estradas se formam, às vezes estreeeeita, às vezes laaaarga, às vezes calmiiiinha de maracujá, às vezes turbulentalinhavermelhamarelafavela. E eu vou... devagar, tão sem tempo de lutar com o tempo que vai tempo e não volta tempo.
Mas espera, e se você juntar o seu tempo sem tempo com o meu tempo sem tempo, não teremos mais tempo? Então vem, dê-me sua mão. Vamos por aí entre flores e pedras no meio do caminho. Vamos descobrir o que há nas novas coisas velhas que antes não víamos ou porque dormíamos ou porque não nos ensinaram na escola ou porque nossos óculos não eram adequados. Ufa! Viva a vassoura! Viva o colírio! Viva o café! Viva a fluoxetina! Viva a vida!
Vamos... já disseram que a vida é um incêndio, então nos deixemos consumir na loooonga estrada, querendo tudo e querendo mais, querendo nossa vida nossa...
Então vamos... pois também disseram que o tempo não pára e EU preciso ir... você vem? Pasárgada? Brodósqui? Às estrelas? Àquela ilha? Ali? Acolá? Paris? "Isprito" Santo de Goiás? Não sei, só sei que aqui não posso ficar. Falta espaço e não consigo respirar. Vai vir comigo ou ficar esperando o curto tempo acabar, vendo a banda passar cantando EMOcoisas de AMOR?
Monday, January 22, 2007
As 8 regras do CLUBE DA LUTA...
1 - Você não fala sobre o Clube da Luta.
2 - Você não fala sobre o Clube da Luta.
3 - Quando alguém disser "pare" ou perder os sentidos a luta acaba.
4 - Só duas pessoas em cada luta.
5 - Uma luta de cada vez.
6 - Sem camisa, sem sapatos.
7 - As lutas duram o tempo que for necessário.
8 - Se é a sua primeira noite no Clube da Luta, você tem que lutar.
( O melhor filme do mundo!!! )
Morte e vida de mim mesma...
Resolvi morrer para o inimigo que hospedava meu corpo, às 11h30 daquela manhã. Suicídio... em seguida ressurreição... Fênix do cerrado num dia de horário de verão. Nada de escutar as marchas fúnebres que dilaceram o coração... ainda não...Hora da faxina então, água, escova e sabão... limpar tudo, aqui, ali, os cantos, nenhuma sujeira embaixo do tapete... ai, como cansa limpar as profundezas da alma, jogar fora os restos de amor e dor... manchas negras... rabiscos... rascunhos... frutas podres... tirar todo lodo e cheiro lúgubre... agora é a hora, nada de deixar para amanhã.E depois de tudo limpo, cera para polir, lustrar, dar brilho plus... "Bom-ar" perfumes do cerrado, purificador de ar... incenso de morango para atrair bons fluidos e sal grosso pra mandingada.Por fim uma prece? Agradecer ao cara lá de cima pela força para suportar e a coragem para continuar de cabeça erguida?Terminado o meu suicídio-ressurreição-faxina. Hora de descansar em paz.
(Escrito em novembro de 2004...)
Saturday, January 20, 2007
Eles ( ou letra para um idiotacore... )
Eles se acham
juram que abafam
filhinhos de papai metidos a underground
com seus tênis "All Star" lavados pela mamãe.
Escola particular, mas só pra passearem
ou pra tocarem com suas bandas e fazerem a gurizada agitar
não têm consciência do que fazem...
Vivem correndo atrás das garotas "Sandy"
Escutam "Carbona e Forfun"
Isso mesmo meninos...
"elas querem caras bem fortes, que as levem pro shopping
e brinquem com seus cachorros no quintal."
Adoram "Aos Treze", "Rockstar", "Quebrando Todas As Regras"
Seguem "Malhação"
Expõe suas futilidades em "fotologs"
Barbarizam em "lan houses"
Ah, esses "Felipes Dylons" metidos a punks.
Eles...
vão um dia crescer?
Nada sabem de Literatura, de respeito ou altruísmo
zoam todos que lhes parecem mais fracos
Humilham meninas que não se encaixam ao padrão "princesinha" imposto por eles
Esses meninos, sempre eles...
Todos a salvo em uma redoma de vidro.
Mas... e quando ela se quebrar e seus corpos forem cortados?
Simples...
Tirarão suas máscaras à "Slipknot"
E gritarão:- Manhêeee!!! Paiêeee!!!
( Foi escrito entre dezembro de 2004 e janeiro de 2005... mas continua tão atual!!! )
juram que abafam
filhinhos de papai metidos a underground
com seus tênis "All Star" lavados pela mamãe.
Escola particular, mas só pra passearem
ou pra tocarem com suas bandas e fazerem a gurizada agitar
não têm consciência do que fazem...
Vivem correndo atrás das garotas "Sandy"
Escutam "Carbona e Forfun"
Isso mesmo meninos...
"elas querem caras bem fortes, que as levem pro shopping
e brinquem com seus cachorros no quintal."
Adoram "Aos Treze", "Rockstar", "Quebrando Todas As Regras"
Seguem "Malhação"
Expõe suas futilidades em "fotologs"
Barbarizam em "lan houses"
Ah, esses "Felipes Dylons" metidos a punks.
Eles...
vão um dia crescer?
Nada sabem de Literatura, de respeito ou altruísmo
zoam todos que lhes parecem mais fracos
Humilham meninas que não se encaixam ao padrão "princesinha" imposto por eles
Esses meninos, sempre eles...
Todos a salvo em uma redoma de vidro.
Mas... e quando ela se quebrar e seus corpos forem cortados?
Simples...
Tirarão suas máscaras à "Slipknot"
E gritarão:- Manhêeee!!! Paiêeee!!!
( Foi escrito entre dezembro de 2004 e janeiro de 2005... mas continua tão atual!!! )
Wednesday, January 17, 2007
Voltando para casa...
Qual é canção que você acha a mais triste que existe? Mas a mais triste mesmo, aquela que dá vontade de chorar? Agora me imagine pegando o Nacional Expresso Uberlândia-Goiânia, 12h10 do dia 16/10/06 ao som da tal música. A minha tristeza era de doer o coração, parecia cena de filme romântico (ECA), ter que ir embora sem querer ir...
Entrei no ônibus malvado sem vontade de nada, só ficar quietinha e em silêncio. Mas uma senhora "gente boa" viajou ao meu lado. Não perguntei seu nome. Mas acabei sabendo muita coisa sobre ela:
"Ela é a mãezona-esposa ideal! Mora em Uberlândia com o marido que é piloto da TAM, mas vai de 15 em 15 dias para Goiânia cozinhar para os três filhos rapazes... faz um tantão de comida lá e congela para a sua ninhada, e ainda lava a roupa dos garotos e dá aquela senhora faxina na casa. Com o marido piloto pode voar de graça, só 40 minutos. Mas preferiu ir de ônibus. Sabe como é, essa onda de avião caindo..."
Assim fui até Goiânia, conversando com essa "mulher maravilha- amélia- ofélia- cravo & canela". Não sei fazer isso! Não nasci para isso!
Em Gyn (Goiânia), ai, aquela rotina de toda viagem de ida para a roça, digo, casa: comprei passagem para Minaçu ( puta que pariu, R$ 62.00!!!), jantar básico mais refrigerante ( R$ 8.50), um pouco de net ( R$ 7.50), voltinha no shopping-ária (mix de shopping center com rodoviária) para passar o tempo (de graça), pausa para ler a Claudia especial de aniversário (R$ 8.99) e por último, uma água mineral antes de embarcar (R$ 1.20). TOTAL: R$ 88.19. Mas curtir cinco dias maravilhosos em Udia ( Uberlândia ), não tem preço!
Só que de repente, lá estava eu, olhando para o bicho-papão da Araguarina, perdida em mil pensamentos, arrasada. Era como se eu estivesse indo para o abate, para a forca, para a guilhotina, para o quinto dos infernos, para a puta que me pariu! Eu sofria, o carrasco ria! Eu chorava, o carrasco me açoitava! Fiquei em silêncio, absorvida nas minhas boas recordações de Udia. Até que:
_ Alessandra!?
_ Oi... ( ah, era só um ex-aluno indo também para a roça...)
De repente outra voz:
_ E aí, Alessandra, tudo bem?
_ Oi, tudo... blábláblá... ( era só minha professora de hidroginástica indo também para a roça...)
E outra voz ainda:
_Oi Alê, jóia?
_Oi... não, tô péssima! (era só meu colega de trabalho indo também para a roça...)
Ma com ele eu desabafei, expurguei minha tristeza, cuspi minha dor, vomitei minha angústia, defequei meu sofrimento, escancarei minhas vísceras!!! Que bom, ele se sentia como eu também...
Chegou o moço que coloca a bagagem no porta-malas e me perguntou:
_Minaçu 22h30?
_Infelizmente! - disse eu, ele ficou me olhando, eu poderia ter lhe explicado o porquê da resposta, mas deixei pra lá, não quis mexer mais na merda! E assim entrei no trem que me levaria ao Holocausto!
Três horas e meia de viagem e BUUUM, o Titanic afunda, um pneu estourou e nos impediu de seguir a Via - Crúcis... e adivinha, o socorro só chegou de Goiânia três horas depois..."Putz, eu tenho que trabalhar às 7h, que horas vamos chegar naquela porra?" O jeito foi esquecer trabalho, eu e a torcida do Flamengo ali presente... então relaxei, mas não gozei... não havia alternativa a não ser dormir! Dormi! ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ
Ah, oi, sim, bom dia! 7h7 eu estava num orelhão de Uruaçu dando satisfações da minha falta no trabalho.
Às 10h40 cheguei na roça! "Táxi, me leve ao Ávila e as minhas bagagens deixe, por favor, na rua Angra dos reis, nº 1?"
Cheguei à escola: suja, com mau-hálito e despenteada. Contei toda a história à chefia e fiquei enrolando até 11h30 para poder ver, beijar e abraçar a estrelinha do meu céu escuro! E nessa enrolação, os alunos me descobriram na escola... Oh oh... aperte o seu cinto: além dos beijos e abraços, recebi 56 cartinhas de carinho, 3 lindos presentes e um monte de bronca pra eu nunca mais faltar, pois eles "amam minhas aulas"... mas com certeza o que mais me emocionou foram as palavras de uma querida aluna da 8º série que já me avisou que vai ser madrinha do meu casamento se eu um dia resolver me casar... (hunf!)
_Tá vendo Leka, sabe por que a gente fez tudo isso? Porque a gente não quer que você vá embora!
Aperte mais ainda o cinto, o piloto sumiu! Agora sim ,fui crucificada, morta e sepultada, desci à mansão dos mortos, mas não ressuscitei ao terceiro dia!!!
(ESCRITO EM 21/ 10/06)
Entrei no ônibus malvado sem vontade de nada, só ficar quietinha e em silêncio. Mas uma senhora "gente boa" viajou ao meu lado. Não perguntei seu nome. Mas acabei sabendo muita coisa sobre ela:
"Ela é a mãezona-esposa ideal! Mora em Uberlândia com o marido que é piloto da TAM, mas vai de 15 em 15 dias para Goiânia cozinhar para os três filhos rapazes... faz um tantão de comida lá e congela para a sua ninhada, e ainda lava a roupa dos garotos e dá aquela senhora faxina na casa. Com o marido piloto pode voar de graça, só 40 minutos. Mas preferiu ir de ônibus. Sabe como é, essa onda de avião caindo..."
Assim fui até Goiânia, conversando com essa "mulher maravilha- amélia- ofélia- cravo & canela". Não sei fazer isso! Não nasci para isso!
Em Gyn (Goiânia), ai, aquela rotina de toda viagem de ida para a roça, digo, casa: comprei passagem para Minaçu ( puta que pariu, R$ 62.00!!!), jantar básico mais refrigerante ( R$ 8.50), um pouco de net ( R$ 7.50), voltinha no shopping-ária (mix de shopping center com rodoviária) para passar o tempo (de graça), pausa para ler a Claudia especial de aniversário (R$ 8.99) e por último, uma água mineral antes de embarcar (R$ 1.20). TOTAL: R$ 88.19. Mas curtir cinco dias maravilhosos em Udia ( Uberlândia ), não tem preço!
Só que de repente, lá estava eu, olhando para o bicho-papão da Araguarina, perdida em mil pensamentos, arrasada. Era como se eu estivesse indo para o abate, para a forca, para a guilhotina, para o quinto dos infernos, para a puta que me pariu! Eu sofria, o carrasco ria! Eu chorava, o carrasco me açoitava! Fiquei em silêncio, absorvida nas minhas boas recordações de Udia. Até que:
_ Alessandra!?
_ Oi... ( ah, era só um ex-aluno indo também para a roça...)
De repente outra voz:
_ E aí, Alessandra, tudo bem?
_ Oi, tudo... blábláblá... ( era só minha professora de hidroginástica indo também para a roça...)
E outra voz ainda:
_Oi Alê, jóia?
_Oi... não, tô péssima! (era só meu colega de trabalho indo também para a roça...)
Ma com ele eu desabafei, expurguei minha tristeza, cuspi minha dor, vomitei minha angústia, defequei meu sofrimento, escancarei minhas vísceras!!! Que bom, ele se sentia como eu também...
Chegou o moço que coloca a bagagem no porta-malas e me perguntou:
_Minaçu 22h30?
_Infelizmente! - disse eu, ele ficou me olhando, eu poderia ter lhe explicado o porquê da resposta, mas deixei pra lá, não quis mexer mais na merda! E assim entrei no trem que me levaria ao Holocausto!
Três horas e meia de viagem e BUUUM, o Titanic afunda, um pneu estourou e nos impediu de seguir a Via - Crúcis... e adivinha, o socorro só chegou de Goiânia três horas depois..."Putz, eu tenho que trabalhar às 7h, que horas vamos chegar naquela porra?" O jeito foi esquecer trabalho, eu e a torcida do Flamengo ali presente... então relaxei, mas não gozei... não havia alternativa a não ser dormir! Dormi! ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ
Ah, oi, sim, bom dia! 7h7 eu estava num orelhão de Uruaçu dando satisfações da minha falta no trabalho.
Às 10h40 cheguei na roça! "Táxi, me leve ao Ávila e as minhas bagagens deixe, por favor, na rua Angra dos reis, nº 1?"
Cheguei à escola: suja, com mau-hálito e despenteada. Contei toda a história à chefia e fiquei enrolando até 11h30 para poder ver, beijar e abraçar a estrelinha do meu céu escuro! E nessa enrolação, os alunos me descobriram na escola... Oh oh... aperte o seu cinto: além dos beijos e abraços, recebi 56 cartinhas de carinho, 3 lindos presentes e um monte de bronca pra eu nunca mais faltar, pois eles "amam minhas aulas"... mas com certeza o que mais me emocionou foram as palavras de uma querida aluna da 8º série que já me avisou que vai ser madrinha do meu casamento se eu um dia resolver me casar... (hunf!)
_Tá vendo Leka, sabe por que a gente fez tudo isso? Porque a gente não quer que você vá embora!
Aperte mais ainda o cinto, o piloto sumiu! Agora sim ,fui crucificada, morta e sepultada, desci à mansão dos mortos, mas não ressuscitei ao terceiro dia!!!
(ESCRITO EM 21/ 10/06)
Monday, January 15, 2007
Ode a Gabih...
E a noiva cadáver surge com rosas negras nas mãos, narcisa, tão linda, tão branca, tão morta, tão menina-bailarina-carnificina, e eu não sou o noivo...
Ela é morte cheia de vida e eu seu expectador fã seguindo seus rastros...Ela passa, me apaga. Ela olha, me petrifica. Ela sorri, me mata.
Eu lamberia o chão que ela pisa e seus pés e suas mãos e suas unhas pretas cravadas no meu coração. Eu lhe amaria e provaria: arrancaria e lhe serviria para o café da manhã numa bandeja de prata, qualquer órgão do meu corpo, meu sangue, minha carne, meus ossos...
Saturday, January 13, 2007
Desenho de Deus, e com talento!!!
Com sua atuação em Bicho de Sete Cabeças, Rodrigo Santoro prova que é muito mais que um rostinho bonito.
O ano era 1993 ou 1994, não me recordo bem, lembro-me que esperava ansiosa pelos intervalos comerciais da Rede Globo para poder ver uma propaganda do Guaraná Antártica, protagonizada por um belo jovem cabeludo e desconhecido... tempos depois ele fez um pequeno papel, quase insignificante na novela global “Olho no Olho”, seu nome: Rodrigo Santoro.
Depois disso, o moçoilo, um dos rostos mais lindos que já vi, realizou outros trabalhos, mas só foi realmente aclamado após seu show em Bicho de Sete Cabeças. Rodrigo interpreta o jovem Neto, filho de uma família classe média-baixa, que não lhe dá muita abertura ao diálogo. O jovem tem algumas experiências adolescentes com maconha e por um desconhecimento do pai, que conclui que o filho é um viciado, o rapaz é internado em um manicômio para desintoxicação (minha nossa!!!), sem imaginar que por tal ignorância da família, viveria o pior inferno de sua vida.
Santoro representa tão bem sua dor e angústia, nos levando a viajar pelo universo da loucura... embalados por uma envolvente trilha sonora, sentimos o que ele sente: a dor física, o asco, o medo, cheiros, desespero. Vemos o que ele vê: seres-humanos marginalizados e uma sociedade hipócrita.
Rodrigo Santoro é Neto! Neto é Santoro! Brilhante atuação do ator... não foi à toa que o astro caiu nas garras iluminadas e cheias de glamour de Hollywood: Simplesmente Amor, As Panteras, Lost... e muito ainda virá, o cara é lindo e talentoso.
Thursday, January 11, 2007
Era uma vez...
Assim começam muitas histórias, não??? E assim também começa a minha, era uma vez... mas como vai terminar, ah, meus amigos... só o futuro dirá...
Subscribe to:
Posts (Atom)