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Saturday, January 12, 2008
O Melhor Dançarino de São Paulo...
O melhor dançarino de São Paulo - Letra: Nenê Altro / Música: Marcelo Tyello
"Eu podia dizer um monte de coisas bonitas,
que rimem bem
e que mesmo que não façam sentido
pudessem vender.
É, eu podia ser só um cara bonzinho
e bem arrumado,
com as roupas limpas
e que fique bem em sua parede.
Mas sou só alguém como você,
que gosta de falar e abraçar os amigos.
E me vale bem mais saber
que tudo isso aqui tem valor pra você
e que eu também fui fã igual
quando pegava meus LPs
e colocava na vitrola pra me sentir em casa.
Era só eu, meus 7 Seconds
e sempre no final eu não me sentia só
e me sentia bem.
Eu não tenho emprego
e sou coberto de tatuagens.
Eu passo o dia vivendo às margens.
Sou peça com defeito.
Pois não consigo ser
esse mocinho bem comportado.
Eu encho a cara, arrumo encrenca
e faço tudo errado.
E mesmo não sendo
o que você apresentaria a seus pais,
eu queria dizer
que gostaria de te levar naquela rua onde cresci,
onde eu andava de bike
e onde dei o meu primeiro beijo.
E dizer que passei a vida inteira
tentando mostrar
que o que não dá pra colocar em palavras
é toda a vida de um garoto e uma guitarra
que ainda não sabe tocar."
Friday, January 11, 2008
Equalize
E de repente me deu uma saudade de 2005, desta música, do gosto de morangos na boca, "daquele" espelho mágico... de tantas coisas...
"Às vezes se eu me distraio
Se eu não me vigio um instante
Me transporto pra perto de você
Já vi que não posso ficar tão solta
Me vem logo aquele cheiro
Que passa de você pra mim
Num fluxo perfeito
Enquanto você conversa e me beija
Ao mesmo tempo eu vejo
As suas cores no seu olho, tão de perto
Me balanço devagar
Como quando você me embala
O ritmo rola fácil
Parece que foi ensaiado
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é
Eu vou equalizar você
Numa freqüência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim
Adoro essa sua cara de sono
E o timbre da sua voz
Que fica me dizendo coisas tão malucas
E que quase me mata de rir
Quando tenta me convencer
Que eu só fiquei aqui
Porque nós dois somos iguais
Até parece que você já tinha
O meu manual de instruções
Porque você decifra os meus sonhos
Porque você sabe o que eu gosto
E porque quando você me abraça
O mundo gira devagar
E o tempo é só meu
E ninguém registra a cena
De repente vira um filme
Todo em câmera lenta
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é
Eu vou equalizar você
Numa freqüência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim ..."
Wednesday, January 09, 2008
Duas versões...
Primeira:
Ela abriu os olhos, pela fresta da janela viu que o dia estava claro, estendeu a mão preguiçosa até o criado ao lado da cama, alcançou o celular, 8h30 da manhã. Nossa! Sentou-se na cama, largou o celular ali de qualquer jeito, calçou os chinelos, uma preguiça “baiana” a impedia de levantar, mas ela precisava fazer isso, era o grande dia! “O Dia D”. Levantou-se. Caminhou até o som e sintonizou sua rádio preferida, bem baixinho. Destrancou a porta do quarto. Foi até o banheiro e gastou cerca de dez minutos em sua higiene matinal. Olhou-se no espelho, sentia-se bem, até sorriu e verdadeiramente... mas lembrou-se do “Dia D”. Apressou-se... deixou o banheiro, foi até a cozinha e preparou o café: leite com achocolatado e banana amassada com mel. Sorveu-o. Voltou ao quarto! Sexta-feira, “oba”, mas antes o “Dia D”... Pegou o material no guarda-roupa, sentou-se na cama e (re)começou a estudar! Era o “Dia D”, prova de literatura Dramática na faculdade! A prova... a esperada... a temida...
Segunda:
(Quarto já iluminado pelo Sol, uma cama de solteiro, um criado mudo ao lado da mesma, um aparelho celular sobre ele, um guarda-roupas, uma pequena mesinha com um som sobre ela e Sofia ainda de pijama sentada na cama, cara de sono. O celular toca.)
(Sofia):-Alô, oi Jasmine, ai amiga, é hoje, nossa, estou desesperada, hoje é o grande dia. (silêncio) Tá, eu sei, tenho que ficar calma, relaxar, ai amiga, mas estou com medo, é hoje. O grande “Dia D”! (silêncio) Certo, beijo, a gente se encontra mais tarde.
(Sofia levanta da cama, calça os chinelos, liga o rádio e diz em voz alta...)
(Sofia):-Meu Deus, me ajude, me ajude, eu estou com medo!
(Batem na porta do quarto.)
(Sofia):-Entra!
(Paula):-Sofia, vamos tomar café? Bom dia...
(Sofia):-Ai Paula, bom dia, é hoje...
(Paula):-Relaxa, garota, vai dar tudo certo, você vai ver, e no mais, sorria, hoje é sexta-feira.
(Sofia):-Eu sei, mas antes tenho que passar pelo “Dia D”.
(Paula):-Dramática!
(Sofia):-Não, trágica mesmo... Tragédia grega...
(Paula):- (rindo) Ai, ai, ai, só você mesmo, dona Sofia.
(Sofia):-Isso, ria da desgraça alheia...
(Paula):-Vai, vem pra cozinha, sô, fiz leite com achocolatado, banana amassada, vamos comer...
(Sofia):-Tá, vamos, deixa só eu fazer pipi e escovar os dentes. (silêncio) Mas, Paula... hoje é o “Dia D”, e se eu me ferrar?
(Paula):- (irônica) Por favor, dona Sofia, queira se dirigir à residência do sr. Demônio, sim?
(Sofia):-Pára!
(Paula):-Pára você, acho que não é drama e nem tragédia grega mais, já é um daqueles “melodramões mexicanos bem exagerados”! Cara, não tem lógica, medo de uma prova de Literatura Dramática para a qual você estudou a semana inteira? Me polpe, né?
(Sofia):- Mas é “a prova” e não “uma prova”, você não entende.
(Paula):-Nossa... e nem quero então!
(Sofia):-Quer saber, Paula... na boa, vai lá tomar seu cafezinho sozinha, eu vou estudar um pouco mais.
(Paula):- (com raiva e deixando o quarto) Ah, quer saber? Vá-pro-in-fer-no!
(Sofia dá de ombros.)
by Alessandra Ramos Massensini
Ela abriu os olhos, pela fresta da janela viu que o dia estava claro, estendeu a mão preguiçosa até o criado ao lado da cama, alcançou o celular, 8h30 da manhã. Nossa! Sentou-se na cama, largou o celular ali de qualquer jeito, calçou os chinelos, uma preguiça “baiana” a impedia de levantar, mas ela precisava fazer isso, era o grande dia! “O Dia D”. Levantou-se. Caminhou até o som e sintonizou sua rádio preferida, bem baixinho. Destrancou a porta do quarto. Foi até o banheiro e gastou cerca de dez minutos em sua higiene matinal. Olhou-se no espelho, sentia-se bem, até sorriu e verdadeiramente... mas lembrou-se do “Dia D”. Apressou-se... deixou o banheiro, foi até a cozinha e preparou o café: leite com achocolatado e banana amassada com mel. Sorveu-o. Voltou ao quarto! Sexta-feira, “oba”, mas antes o “Dia D”... Pegou o material no guarda-roupa, sentou-se na cama e (re)começou a estudar! Era o “Dia D”, prova de literatura Dramática na faculdade! A prova... a esperada... a temida...
Segunda:
(Quarto já iluminado pelo Sol, uma cama de solteiro, um criado mudo ao lado da mesma, um aparelho celular sobre ele, um guarda-roupas, uma pequena mesinha com um som sobre ela e Sofia ainda de pijama sentada na cama, cara de sono. O celular toca.)
(Sofia):-Alô, oi Jasmine, ai amiga, é hoje, nossa, estou desesperada, hoje é o grande dia. (silêncio) Tá, eu sei, tenho que ficar calma, relaxar, ai amiga, mas estou com medo, é hoje. O grande “Dia D”! (silêncio) Certo, beijo, a gente se encontra mais tarde.
(Sofia levanta da cama, calça os chinelos, liga o rádio e diz em voz alta...)
(Sofia):-Meu Deus, me ajude, me ajude, eu estou com medo!
(Batem na porta do quarto.)
(Sofia):-Entra!
(Paula):-Sofia, vamos tomar café? Bom dia...
(Sofia):-Ai Paula, bom dia, é hoje...
(Paula):-Relaxa, garota, vai dar tudo certo, você vai ver, e no mais, sorria, hoje é sexta-feira.
(Sofia):-Eu sei, mas antes tenho que passar pelo “Dia D”.
(Paula):-Dramática!
(Sofia):-Não, trágica mesmo... Tragédia grega...
(Paula):- (rindo) Ai, ai, ai, só você mesmo, dona Sofia.
(Sofia):-Isso, ria da desgraça alheia...
(Paula):-Vai, vem pra cozinha, sô, fiz leite com achocolatado, banana amassada, vamos comer...
(Sofia):-Tá, vamos, deixa só eu fazer pipi e escovar os dentes. (silêncio) Mas, Paula... hoje é o “Dia D”, e se eu me ferrar?
(Paula):- (irônica) Por favor, dona Sofia, queira se dirigir à residência do sr. Demônio, sim?
(Sofia):-Pára!
(Paula):-Pára você, acho que não é drama e nem tragédia grega mais, já é um daqueles “melodramões mexicanos bem exagerados”! Cara, não tem lógica, medo de uma prova de Literatura Dramática para a qual você estudou a semana inteira? Me polpe, né?
(Sofia):- Mas é “a prova” e não “uma prova”, você não entende.
(Paula):-Nossa... e nem quero então!
(Sofia):-Quer saber, Paula... na boa, vai lá tomar seu cafezinho sozinha, eu vou estudar um pouco mais.
(Paula):- (com raiva e deixando o quarto) Ah, quer saber? Vá-pro-in-fer-no!
(Sofia dá de ombros.)
by Alessandra Ramos Massensini
Monday, January 07, 2008
Lyginha
(Escrito por mim e minha amiga Marcella Prado para a aula de Criação de Roteiro Dramático...)
Cenário: Varanda com vista para o jardim, uma poltrona reclinável, mesinha de centro com cinzeiro e cigarro aceso. Lyginha está no jardim e Afonso, o marido, lê um jornal na poltrona.
Lyginha: moça de 27 anos, traços delicados, corpo de menina, olhar doce, sonhadora.
Afonso: 35 anos, gordo, egocêntrico e mal-humorado.
(Lyginha):- (acenando para o marido) Afonso, veja como estão belas as orquídeas...
(Afonso):- (sem desviar os olhos do jornal que lê) Hum, hum!
(Lyginha):- Olha como estão floridas!
(Afonso):- Que coisa tola e rotineira, qualquer planta flori na primavera!
(Lyginha):-Afonso!
(Afonso):- Hum...
(Lyginha sai do jardim e caminha até o marido na varanda, meio frustrada com a falta de atenção do mesmo. Mas, ela o ama.)
(Lyginha):- (faceira) Meu bem, eu fiz uma máscara de Colombina, tão linda, está lá no quarto, quer ver?
(Afonso):- (sem desviar novamente os olhos do jornal) Hum, hum!
(Lyginha):- (brava) Eu já ia fazer uma de Arlequim pra você, mas desse jeito é melhor eu fazer uma de Pantaleão!
(Afonso):- (indiferente) Pra que máscara?
(Lyginha):-Ora, Afonso, para o baile de máscaras de fim de ano da sua empresa...
(Afonso):- (sem esboçar reações) Ah tá. Hum, hum...
(Lyginha):- (sonhadora) E depois, amor, ainda podemos aproveitá-las pra brincar com as crianças do prédio.
(Afonso):- (friamente) Não entendo esse amor por crianças que nem são nossos filhos!
(Lyginha abaixa a cabeça tristemente, mas logo sorri para o marido na esperança de cativá-lo.)
(Lyginha):- (docemente) Amor, cheira este meu novo perfume, é tão gostoso... (e oferece o pescoço para o marido que se afasta, tentando folhear o jornal)
(Afonso):-Hum, hum!
(Lyginha se estressa e se afasta do marido.)
(Lyginha):-Cansei de não ser notada por você, Afonso! Você é tão seco! Estou cansada da sua indiferença! Será que tem um armário no seu peito? Essa vida é uma prisão... só não lhe meti um chifre até hoje porque sou uma mulher de respeito. Quer saber, estou farta de seus hum-huns. Existe um homem que me valoriza, me dá atenção, me tenta todos os dias para eu sumir no mundo com ele. Quer saber? Vou aceitar, vou-me embora com o leiteiro!
(Dá as costas ao marido e desaparece pelo jardim, de repente Afonso se deu conta que a esposa falara a verdade...)
(Afonso):- (grita desesperado) Lyginhaaaaaaaaa! (mas já é tarde demais.)
Cenário: Varanda com vista para o jardim, uma poltrona reclinável, mesinha de centro com cinzeiro e cigarro aceso. Lyginha está no jardim e Afonso, o marido, lê um jornal na poltrona.
Lyginha: moça de 27 anos, traços delicados, corpo de menina, olhar doce, sonhadora.
Afonso: 35 anos, gordo, egocêntrico e mal-humorado.
(Lyginha):- (acenando para o marido) Afonso, veja como estão belas as orquídeas...
(Afonso):- (sem desviar os olhos do jornal que lê) Hum, hum!
(Lyginha):- Olha como estão floridas!
(Afonso):- Que coisa tola e rotineira, qualquer planta flori na primavera!
(Lyginha):-Afonso!
(Afonso):- Hum...
(Lyginha sai do jardim e caminha até o marido na varanda, meio frustrada com a falta de atenção do mesmo. Mas, ela o ama.)
(Lyginha):- (faceira) Meu bem, eu fiz uma máscara de Colombina, tão linda, está lá no quarto, quer ver?
(Afonso):- (sem desviar novamente os olhos do jornal) Hum, hum!
(Lyginha):- (brava) Eu já ia fazer uma de Arlequim pra você, mas desse jeito é melhor eu fazer uma de Pantaleão!
(Afonso):- (indiferente) Pra que máscara?
(Lyginha):-Ora, Afonso, para o baile de máscaras de fim de ano da sua empresa...
(Afonso):- (sem esboçar reações) Ah tá. Hum, hum...
(Lyginha):- (sonhadora) E depois, amor, ainda podemos aproveitá-las pra brincar com as crianças do prédio.
(Afonso):- (friamente) Não entendo esse amor por crianças que nem são nossos filhos!
(Lyginha abaixa a cabeça tristemente, mas logo sorri para o marido na esperança de cativá-lo.)
(Lyginha):- (docemente) Amor, cheira este meu novo perfume, é tão gostoso... (e oferece o pescoço para o marido que se afasta, tentando folhear o jornal)
(Afonso):-Hum, hum!
(Lyginha se estressa e se afasta do marido.)
(Lyginha):-Cansei de não ser notada por você, Afonso! Você é tão seco! Estou cansada da sua indiferença! Será que tem um armário no seu peito? Essa vida é uma prisão... só não lhe meti um chifre até hoje porque sou uma mulher de respeito. Quer saber, estou farta de seus hum-huns. Existe um homem que me valoriza, me dá atenção, me tenta todos os dias para eu sumir no mundo com ele. Quer saber? Vou aceitar, vou-me embora com o leiteiro!
(Dá as costas ao marido e desaparece pelo jardim, de repente Afonso se deu conta que a esposa falara a verdade...)
(Afonso):- (grita desesperado) Lyginhaaaaaaaaa! (mas já é tarde demais.)
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