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Friday, January 20, 2012
Pimenta ou sal?
"Pimenta na relação não compensa a falta de sal." - Fabrício Carpinejar
Sabe quando pessoas querem compensar um relacionamento amoroso fadado ao término com pimenta? Sim, buscam auxílio desesperado em sessões loucas de sexo, fantasias sexuais mirabolantes, trajes e acessórios que no final das contas só incomodam, incluem uma terceira pessoa na cama... enfim, e mesmo assim não salvam o relacionamento. As pessoas mantém falsas crenças de que aquecerão um relacionamento que naufraga com a ajuda do bombardeio de conselhos oriundos de revistas femininas e livros de auto-ajuda que ensinam em 10 passos como manter acesa a chama louca da paixão.
A verdade é que quando passa a falta de encantamento do início do namoro, se não houver verdade, respeito, companheirismo, não fica nada! Não adianta nada! No fim, restará a cumplicidade morna, e não as paixões arrebatadoras eternas e ilusórias vistas em filmes, livros e novelas.
O amor mesmo é bobo, chatinho, rotineiro. Descobri isso a duras penas, não pensem que foi fácil. Hoje, na maturidade, eu entendo o que é amor de verdade...
Amo meu amor e ele me ama porque temos evoluído juntos, porque temos nos tornado pessoas melhores, porque gostamos de conversar sobre TODO tipo de assunto, porque rimos juntos, porque cozinhamos juntos e fazemos muitas coisas "idiotas" juntos, como: comer pastel na feira, esperar o outro chegar no portão, etc, mas, principalmente porque dizemos sempre a verdade um para o outro, desde aquela que dói até quando o outro precisa tomar um banho porque está com desodorante ou hálito vencidos, sem melindres. E mesmo assim não tenho garantia nenhuma de que será eterno.
Muito mais que aquela calcinha sensual/sexual de onça doloridamente enfiada na bunda, há a delícia de boas e quentes atitudes e palavras ditas na hora certa, mesmo que você esteja usando aquela calçola GG a la Bridget Jones, quando a mesma, interpretada por Renée Zellweger, seduz o personagem de Hugh Grant na película “O diário secreto de Bridget Jones”.
Creio que o carinho e verdadeiro amor ultrapassam apetrechos sexuais descolados e perdem feio para uma sessão de sexo livre, divertida e de entrega total dos parceiros.
Portanto, viva a nossa calcinha bege e ultra confortável de todo santo dia! Viva o tempero nosso de todo dia que é adquirido aos quilos na feira da vida com a confiança e a segurança em si e no outro!
Monday, January 02, 2012
Plástico bolha...
(Na primeira foto fui fotografada por Mário Bitt Piragibe, e nas três seguintes por Marcella Prado)
Tenho achado as relações com grande parte das pessoas com quem convivo, desgastadas e permeadas pela falsidade. São relações, na maioria das vezes, em que as pessoas ficam ao meu lado apenas enquanto posso lhes fornecer algo em troca.
O mundo é mesmo cruel, já me disseram, e na verdade todos estão sozinhos!
Tudo é vazio...
Vazio é estar cercada de gente, de “diversão”, de ocupação, mas... sentir que nada é sincero, que nada faz sentido. Então vem uma vontade de ficar mesmo sozinha com um pedaço de plástico bolha me fazendo companhia.
Que seja um pedaço bem grandão de plástico bolha pelo menos...
Plástico bolha tem sido mais interessante que pessoas...
Para que dialogar com quem diz falsas verdades olhando em meus olhos, se posso ficar estourando bolhinhas?
E plástico bolha tem uma vantagem: é transparente!
Sabe, às vezes acho que vou me transformar num pedaço de plástico bolha.
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